Inscrições abertas para para participar do Projeto de Extensão "Arte como Narrativa e Cuidado de Mulheres Afrodescendentes na Pandemia/2021". O projeto será realizado nos encontros ou rodas de conversas do Núcleo de Estudos e Pesquisas Roda Griô GEAfro: Gênero, Educação e Afrodescendência da UFPI, mais conhecido como Roda Griô. As rodas de conversas serão realizadas às sextas-feiras das 8h30 às 10h30. O período completo, para obtenção de certificado, será de 05/04/2021 a 05/03/2022.
Link para Inscrição: https://forms.gle/qrZLt4Q4pKr4a3cb8
Link para participar das rodas de conversas On-line: https://meet.google.com/zot-twvi-xhh (caso haja mudanças, enviaremos o outro link para o email dos inscritos e do grupo da Roda Griô).
Ouça a Roda Griô em Podcast: https://open.spotify.com/show/3pnjDqPkV3Ofo4fxancUZe?si=QDr9-I4lQuKe6cuzMguBrA
ou
https://anchor.fm/francilene-brito-da-silva6
Resumo do Projeto de Pesquisa e Extensão:
"O Projeto de Extensão Arte como
Narrativa e Cuidado de Mulheres Afrodescendentes na Pandemia/2021 tem como objeto de estudo/prática a arte como
narrativa e cuidado de mulheres afrodescendentes mães/tias/conhecidas de
estudantes da UFPI em suas diásporas (movimentos) cotidianas desde a pandemia
da COVID-19, uma doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 (disseminado no
mundo no final de 2019). A partir dos estudos em rodas de conversas, de
contatos realizados com estas mulheres, pretendemos realizar episódios de podcasts (programas de áudio em que
ouvinte pode escutá-los na hora que quiser, ao contrário dos programas de rádio
tradicionais) como produções narrativas orais. E, publicar estes podcasts com as narrativas imagéticas
das artes das mulheres no Facebook (plataforma
que reúne função de site e rede social onde podemos publicar diferentes conteúdos).
Tanto os podcasts e as postagens no facebook
serão feitos pelos estudantes do Curso de Licenciatura em Artes Visuais da
Universidade Federal do Piauí. A divulgação on-line será feita nas redes
sociais do Núcleo de Estudos e Pesquisas Roda Griô GEAfro: Gênero, Educação e
Afrodescendência da UFPI, mais conhecido como Roda Griô. O intuito é de
contribuir com a visibilidade social destas mulheres e, ao mesmo tempo, com a
divulgação de sua fonte de renda (suas produções artísticas, consideradas aqui
como narrativas de cuidados). Queremos saber quais saberes artísticos são
construídos pelas mulheres afrodescendentes, ou sobre estas, enquanto
narrativas que mostram o cuidado de si e/ou dos outros em situações que vivem
ou vivenciam desde a pandemia. As situações precárias da maioria das pessoas
afrodescendentes que estão na linha da pobreza facilitam a contaminação por
esse vírus. No Piauí, já somos mais de 80% de afrodescendentes (pardos e
pretos) e 14,2% da população está abaixo da linha da pobreza (CIDADE VERDE,
2019; 2019). Nesse contexto, o que parece é que a cultura da ferida colonial
brasileira não nos deixa sossegados e também nós, mulheres afrodescendentes,
vivemos em uma permanente fronteira entre os riscos da semiose colonial-escravista,
popularizada como modernidade global, e os cuidados atinentes aos cotidianos
locais. As formas de colonialidade (epistemologias, subjetividades nascidas a
partir do mundo colonial/moderno/escravista) nos colocaram questões que se
encontram além de uma solução mágica e eficaz na contemporaneidade. Ao mesmo
tempo em que não podemos fechar os olhos para as injustiças envolvendo
diferentes atores sociais do capital não-socializado ou das margens, é preciso
ter uma consciência que mobilize redes de pertencimentos e cuidados entre nós." (texto de: Francilene Brito da Silva, 2021).