quarta-feira, 15 de março de 2023

Registro fotográfico do V CONGEAfro (2018). Fonte: Arquivos Roda Griô, 2023.

Reprodução do Roteiro-Guia do encontro do Núcleo de Estudos e Pesquisas Roda Griô-GEAfro: Gênero, Educação e Afrodescendência - RODA DO DIA 20 de janeiro de 2017


AFRODESCENDÊNCIA: a narrativa que fortalece OUTRAS VERDADES. 

 Francis Musa BOAKARI  &  Francilene Brito da SILVA 

O que quer dizer é uma coisa;

As palavras usadas podem dizer muito mais (Provérbio – Mendes, S.Leoa)


Do que se trata?

É uma tentativa de definir (explicar-problematizar-contextualizar) o que são a AFRODESCENDÊNCIA e outros termos relacionados a fim de construir novas aprendizagens e posturas em relação ao discurso (e do fazer!) das/os AFRICANAS/OS, nossas/os ASCENDENTES, DESCENDENTES, nossas HISTÓRIAS e REALIDADES ontem - contemporâneas. Problematizar os nossos REFERÊCIAIS é criticar IDENTIDADES atribuídas (e forçadamente “co-construídas por não protestar/renegar/substituir/descartar...”), reconhecer as nossas CONQUISTAS, afirmar as nossas POTENCIALIDADES e contextualizar as POSSIBILIDADES. 

Dizer o seu nome, “a sua graça”, é assumir as suas HISTORICIDADE e SUBJETIVIDADE como parte de uma COLETIVIDADE que está e está SENDO. É problematizar a própria EXISTÊNCIA. Assumir a vocação ONTOLÓGICA. 


“E por isso, as lutas pelas palavras, pelo significado e pelo controle das palavras, pela imposição de certas palavras e pelo silenciamento ou desativação de outras, ou lutas em que se joga mais que simplemente palavras, algo mais que somente palavras” (LARROSA, 2007, p. 153)


Quem são afrodescendentes? 

01. Pessoas nascidas no continente africano 

02. Pessoas nascidas nos diversos países africanos – pessoas nascidas, mas cidadãs de outros países hoje – Níveis de afrodescendência ou tipos diferentes de afrodescendência? 

03. Afrodescendentes das diásporas   - pelo menos 3 tipos até hoje 

04. Pessoas cujas/os antepassadas/os tinham relações genéticas com a África 

05. Afrodescendência fenotípica e/ou Afrodescendência genotípica e/ou Ideológica? 


Principais aspectos a ser considerados: 

Assumir a afrodescendência é provocar um REPENSAR CONTINUADO de respeito às/aos africanas/os, ao continente africano e às/aos filhas/os das DIÁSPORAS:

01. Dimensões históricas – narrativas do passado – presente – futuro ... outros termos não têm

02. Considerações sociológicas

03. Perspectivas econômicas 

04. Características políticas 

05. Fatores culturais 

O que têm as outras identificações raciais? 

i. Negatividade 

ii. Hetero-atribuída – “objetos nomeados” – nomear é explicitar posse/controle

iii. Histórias e memórias de sofrimento e desumanizações 

iv. “Coisas ruins de que precisa escapar” – categorias entre “preto-branco” – censo 1970

v. Estáticas – não acompanham as transformações positivas  

vi. Pessoas não vistas como gente, mas como problemas .

Algumas vantagens da categoria AFRODESCENDENTE...:

Ao usar a categora afrodescendente como fator identitário dos povos africanos (de todos os tempos e lugares – tempos/espaços – continente-diáspora?), estamos dizendo que: 

a. O mundo é complexo e precisa ser abordado desta maneira, com categorias que tentam capturar a DINAMICIDADE das realidades, dos povos, das comunidades e dos indivíduos; 

b. Cada grupo de seres humanos está enraizado em realidades diversas e esta diversidade precisa ser reconhecida/valorizada através do retorno às suas RAÍZES;   

c. Todos os povos trazem à mesa dos encontros, uma bagagem cultural cuja riqueza será melhor aproveitada quando e se tiver DIÁLOGOS; 

d. Com a afrodescendência, há espaço para discutir/aprender/trabalhar o UBUNTU como princípio de vida em comunidade; e 

e. Na recusa de respeitar as teses “a”, “b”,  “c” e “d” acima, se pratica não somente os genocídio e etnocídio, mas, acima de tudo, o EPISTEMICÍDIO …  Quando mata o valor do pensar da/o outra/o, ela/e morre uma morte morrida! 

Considerações e articulações com as pesquisas [e outros PROJETOS na vida]

Área de pesquisa: Educação e afrodescendência – sucesso da mulher brasileira afrodescendente. 

- Sucesso educacional como uma pedagogia de auto-valorização;

- Mulher afrodescendente, a mais discriminada, mostrando o seu verdadeiro poder de superar dificuldades e servir de exemplo positivo – da mais excluída à mais integrada – “as poderosas” - afrodescendência como marca de superação, criatividade, … 


Informações de fontes para PESQUISA articulada: 

ADICHIE, Chimamanda. Chimamanda Adichie – Os perigos de uma história única. LEGENDADO. Vídeo publicado em 19 de mai. 2012. Categoria: Educação. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ZUtLR1ZWtEY&spfreload=10>. Acesso em: 15 jul. 2015.

CÉSAIRE, Aimé. Discurso sobre o Colonialismo. Tradução de Noémia de Sousa. Lisboa: Sá da Costa Editora, 1978. Disponível em: < https://escrevivencia.files.wordpress.com/2014/03/aimc3a9-cc3a9saire-discurso-sobre-o-colonialismo.pdf>.  Acesso em: 16 ago. 2015.

COELHO, Raimunda Ferreira Gomes & BOAKARI, Francis Musa. Por que afrodescendente? E não negro, pardo ou preto? In: I CONGRESSO SOBRE GÊNERO, EDUCAÇÃO E AFRODESCENDÊNCIA: CONQUISTAS, EXPERIÊNCIAS E DESAFIOS, 2013, Teresina. Anais do I CONGEAfro. Teresina: EDUFPI, 2013. CD-ROM.

CUNHA JUNIOR, Henrique. Me chamaram de macaco e nunca mais fui à escola. In: GOMES, Ana Beatriz Sousa; CUNHA JÚNIOR, Henrique. (Orgs.). Educação e afrodescendência no Brasil. Fortaleza: Edições UFC, 2008, p. 229-240. 

CUNHA JUNIOR, Henrique. Nós, afro-descendentes: história africana e afro-descendente na cultura brasileira. In: ROMÃO, Jeruse. (Orga.). História da Educação do Negro e outras histórias. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade,

2005. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001432/143242por.pdf>. Acesso em: 12 ago. 2015.

CUNHA JUNIOR, Henrique. Tecnologia Africana na Formação Brasileira. Rio de Janeiro: CEAP, 2010. Disponível em: < http://www.ifrj.edu.br/webfm_send/268>. Acesso em: 12 ago. 2015.

DECLARAÇÃO e Programa de Ação adotados na III Conferência Mundial de Combate ao Racismo, Discriminação Racial, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata. http://www.inesc.org.br/biblioteca/legislacao/Declaracao_Durban.pdf/view

FANON, Frantz. Pele Negra, Máscaras Brancas. Tradução de: Renato da Silveira. Salvador: EDUFBA, 2008. Disponível em: <http://kilombagem.org/wordpress/wp-content/uploads/2015/07/Pele_negra_mascaras_brancas-Frantz-Fanon.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2015.

HALL, Stuart. Da diáspora : Identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG; Brasília: Representação da UNESCO no Brasil, 2003.

HALL, Stuart. A Identidade Cultural da Pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 1997.

KAMEL, Ali. Não somos racistas: uma reação aos que querem nos transformer numa nação bicolor. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006. 

MIGNOLO, Walter. Descobediencia Epistémica: retórica de la modernidad, lógica de la colonialidad, gramática de la descolonialidad. Buenos Aires: Ediciones del Signo, 2010.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do Poder, Eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo. (Org.). A Colonialidade do Saber: eurocentrismo e ciências sociais – perspectivas latino-americanas. CLACSO: Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina. Set. 2005. (Colección Sur Sur). Disponível em: <http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/>. Acesso em: 30 nov. 2014.

RISÉRIO, Antonio. Por um olhar brasileiro. In: RISÉRIO, Antonio. A utopia brasileira e os movimentos negros. São Paulo: Editora 34, 2012, p. 17-37. 

ROCHA, José Geraldo da. De Preto à Afrodescendente: implicações terminológicas. Cadernos do CNLF, Vol. XIV, Nº. 2, T. 1. Disponível em: <http://www.filologia.org.br/xiv_cnlf/tomo_1/899-907.pdf>. Acesso em: 13 ago. 2015.

SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (orgs.). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010. 

UNESCO – DÉCADA INTERNACIONAL DOS AFRODESCENDENTES – 2015-2024.    Tema: “Afrodescendentes: reconhecimento, justiça e desenvolvimento”. http://www.unesco.org 


sábado, 4 de fevereiro de 2023

IX Congresso sobre Gênero, Educação e Afrodescendência: Narrativas e diásporas para aprender a ser-existir hoje  

Aconteceu de 09 a 11 de novembro de 2022


Queremos lembrar aqui no blog o texto que trouxemos no site do IX CONGEAfro do ano de 2022:

Reflexões 

“Salvar” (salavá, saravá), “salve!” ou “viva!”, vem de povos africanos de língua de tronco linguístico bantu. Suaíle, lingala, luganda, quicongo, quimbundo, umbundo, chócue, nianja, xona, ndebele, tsuana, sesoto, zulu, xhosa, ovambo, sepedi, suazi, são todas línguas bantas. Esse tronco está incluído em um grupo linguístico maior chamado benue-congolês, da família linguística nígero-congolesa, que conta com mais de seiscentas línguas. Como então acreditar que qualquer povo, chamado de africano, tenha uma cultura monolítica e fixa ou uma história única? Especialmente, como acreditar que não há vozes que saúdam, salvam, vivam suas histórias? Histórias estas que também não são binárias, assim como não são as vozes de afrodescendentes e indígenadescendentes. (Francis Musa Boakari e Francilene Brito da Silva, In: Afrodescendentes em Narrativas Cotidianas,  2021, p. 365-366).

Aproveitamos os nossos saberes produzidos em Roda para refletir sobre estas palavras e enfatizar aprendizados com o “recordar” como salvar narrativas. Entre nós, devemos estes créditos às pessoas historicamente esquecidas, pois, aprendemos a referenciar somente aqueles autores que já têm “respaldos” na academia. Falando em narrativas e diásporas nossas, afrodescendentes e indigenodescendentes, o IX CONGEAfro (2022) será um congresso internacional híbrido (agora totalmente on-line) com solicitação e diálogo, especialmente, entre Brasil/Moçambique (Universidade Rovuma, UniRovuma, em Nampula e Universidade de Pungue, em Chimoio – Moçambique), bem como, multi-universitários (UESPI, UFMA, UERJ, UEMASUL) e multi-campi (UFPI, Teresina & Floriano), envolvendo pessoas interessadas na temática do evento. Queremos aprender a nos valorizar. Com isso, nos cuidamos e protagonizamos cuidados, como arte de fazer kindezi.  

Kindezi é uma arte focada não apenas no cuidado dos jovens da sociedade, mas no crescimento do Ndezi (o cuidador, aquele que pratica a arte da Kindezi). Em outras palavras, ao passo que uma pessoa desenvolve as habilidades da Kindezi, desenvolve-se a si mesmo. Ndezi deve ajudar o muntu, o “sol vivo” a “brilhar” (6); e, no processo, ele/ela aprende como “brilhar” com o poder do “sol vivo”. (ANI, 2017, s/p.).

Entre “narrativas e diásporas para aprender a ser-existir hoje” é o sub-tema do IX CONGEAfro, o qual nos convida a continuarmos em roda viva e expandir nossos sóis, nossos modos e usos de aprender-ensinar em meio às dispersões históricas, inclusive pela arte. Estas são movimentos ou instabilidades, as quais nos desafiam a (re)agirmos por meio de nossas múltiplas narrativas.

Deste modo, o Núcleo de Estudos e Pesquisas RODA GRIÔ/GEAfro: gênero, educação e afrodescendência tem sido um espaço-tempo de pessoas sábias e interessadas em coparticipar de diferentes Rodas (encontros, workshops, podcasts, minicursos e outras atividades colaborativas) a fim de contar as suas histórias, compartilhando vivências próprias e/ou estas através das contribuições de outras pessoas com interesses semelhantes, focando nas questões das mulheres, em particular as de descendência africana, as educações e as afrodescendências, nas suas ricas maneiras de ser-viver. Apresentar ideias de recordar memórias e narrar é, também, nosso modo de dizer que a RODA está mais uma vez abrindo as suas portas para participações-contribuições diversas. Porque, parafraseando o povo mende de Serra Leoa, quando pessoas interessadas numa questão se juntam em torno desta mesma, outras “coisas pequenas-grandes se desenvolvem”. Com ponderações assim, apresentamos as pretensões deste IX CONGEAfro.

O objetivo desse encontro em roda é recordar, como um ato e gesto de ação cotidiana que nos salva da complacência de tempos históricos em que pagamos com as nossas vidas a barbárie da negação dos nossos corpos-saberes. Assim, este congresso, em sua nona edição tenta para nos dizer que recordar é preciso, como ato e gesto de (re)existência, porque historicamente (re)agimos diante de todas as formas de discriminações. Nos convoca também a cuidar de nós, como as práticas humanas (humanidade e humanização) que, para alguns povos africanos e afrodescendentes, se chamam kindezi e saravá. Estas nos ajudam a entender que não naufragamos porque a memória nos traz à lembrança o que somos de fato: vidas e mundos antes das diásporas e cheias/os de narrativas salvas em nossos corpos, pelo cuidado de nós mesmos, sol nas águas diaspóricas desafiantes do existir. Somos um “nós”, não existimos em ubuntu sem esse nós. Pois, eu sou porque nós somos (RAMOSE, 2002).

         Deste modo, aproveitamos algumas vivências sócio-acadêmicas como memórias-narrativas da RODA GRIÔ chamando atenção aos sub-titulos dos CONGEAfros desde 2013:

2013 – I Congresso sobre Gênero, Educação e Afrodescendência (CONGEAfro):  conquistas, experiências, desafios (dias 06-07-08 de novembro de 2013).

2015 – II Congresso sobre Gênero, Educação e Afrodescendência (CONGEAfro):  orgulho de ser afrodescendente - lugares e identidades (dias 03-04-05-06 de novembro de 2015).

2016 – III Congresso sobre Gênero, Educação e Afrodescendência (CONGEAfro):  direito de ser nas relações de poder (dias 09-10-11 de novembro de 2016).

2017 – IV Congresso sobre Gênero, Educação e Afrodescendência (CONGEAfro):  descolonialidades e cosmovisões (dias 07-08-09 de novembro de 2017).

2018 – V Congresso sobre Gênero, Educação e Afrodescendência (CONGEAfro):  justiças social e epistêmica na Década dos Povos Afrodescendentes (dias 05-06-07-08-09 de novembro de 2018).

2019 – VI Congresso sobre Gênero, Educação e Afrodescendência (CONGEAfro):  políticas públicas e diversidade - quem precisa de identidade (dias 06-07-08 de novembro de 2019).

2020 – VII Congresso sobre Gênero, Educação e Afrodescendência (CONGEAfro):  afrodescendentes em narrativas cotidianas (dias 03-04-05-06 de novembro de 2020, no formato on-line).

2021 - VIII Congresso sobre Gênero, Educação e Afrodescendência (CONGEAfro):  esperançar em crises históricas (dias 03 a 04 de novembro de 2021, no formato on-line). 

E assim, nesta nona edição, onde propomos construir também, das experiências dos últimos dois CONGEAfros que foram inteiramente online, ousamos convidar, usando a modalidade hibrida, para apresentar-discutir-explicar-problematizar a temática do Gênero, Educação e Afrodescendência sob as perspectivas das “narrativas e diásporas para aprender a ser-existir hoje”.  

Objetivo Geral

- Aprender a recordar-salvar nossos modos e usos de ser-existir hoje com as nossas narrativas em diásporas cotidianas, nas pesquisas, nas vivências (convivências) e na vida que tecemos. O conceito de narrativa abarca também aqui as produções artísticas humanas.

Recordar é preciso

O mar vagueia sob os meus pensamentos

A memória bravia lança o leme:

Recordar é preciso.

O movimento vaivém nas águas-lembranças dos meus marejados olhos transbordar-me a vida,

salgando-me o rosto e o gosto.

Sou eternamente náufraga,

Mas os fundos oceanos não me amedontram

E nem me imobilizam.

Uma paixão profunda é a boia que me emerge.

Sei que o mistério subsiste além das águas. Conceição Evaristo (2017, p. 11).

São nove anos de CONGEAfro e com Conceição Evaristo convidamos para mais uma grande Roda, no período de 09 a 11 de novembro de 2022, dizendo que “Recordar é preciso”. O verbo (ação) recordar aqui pretende apresentar sentidos de movimentos que as nossas narrativas em diásporas promovem em atos e gestos políticos cotidianos, uma busca por uma ética do ser-existir hoje, como o sol que brilha nas águas diaspóricas do imenso oceano da vida. Este congresso justifica-se pela necessidade de encontro consigo mesma e com outras pessoas, para nos enredarmos, num processo de sistematização das nossas curiosidades, em curiosidades epistemológicas (FREIRE, 2011), a partir de nossas narrativas. De insistirmos no exercício de dizer que nossas narrativas importam e, por isso, recordar é preciso. O CONGEAfro é esse espaço-tempo de aprender a vaguear sob nossos pensamentos, tendo o mar e outros elementos demarcadores/de transição como travessia. É esse espaço-tempo de aprender o “movimento vaivém nas águas-lembranças” como em outras ondas de vivências/convivências. É tempo-espaço de aprendermos a marejarmos os olhos, salgando o rosto e tomando o nosso gosto, nos mobilizando. É tempo-espaço de continuarmos emergindo apesar de tudo e de tanto. Eclodindo com tudo que somos e ainda podemos vir a ser-sendo. A pandemia e tantos desafios político-sanitário-cultural-educativo-artístico-sociais têm nos provocado como náufragos, abandonadas/os por políticas com discursos includentes, mas não podemos esquecer, com o CONGEAfro, que para nos emergir temos a consciência de que somos sóis ubuntu em ações kindezi de saravá. Um congresso hibrido (agora totalmente on-line) com as características descritas acima, viabilizará um sonho assim.

Equipe Organizadora do IX CONGEAfro -  nov. 2022.

Postagem em destaque

Registro fotográfico do V CONGEAfro (2018). Fonte: Arquivos Roda Griô, 2023. Reprodução do Roteiro-Guia do encontro do Núcleo de Estudos e P...