As discussões giram em torno das nossas afrodescendências na sociedade brasileira bem como das questões de gênero e educação. Como enfrentar as marginalização e exclusão permanentes desta sociedade com raízes colonizadoras-racistas?
terça-feira, 1 de dezembro de 2020
PROJETO COVID-19: NARRATIVAS E CUIDADOS DAS PESSOAS AFRODESCENDENTES EM RELAÇÃO À PANDEMIA
VII CONGRESSO SOBRE GÊNERO, EDUCAÇÃO E AFRODESCENDÊNCIA: AFRODESCENTES EM NARRATIVAS COTIDIANAS
Tenha acesso aos registros das rodas e mídias apresentadas no VII CONGEAFRO.
Disponíveis no nosso canal youtuber:
https://www.youtube.com/channel/UCYsM3lH6Na78Ev_1SEzKfLQ
Disponíveis em nosso site:
https://5e7f9d751c61d.site123.me/
terça-feira, 20 de outubro de 2020
PROJETO COVID-19: NARRATIVAS E CUIDADOS DAS PESSOAS AFRODESCENDENTES EM RELAÇÃO À PANDEMIA
Mediadores: Simoní Portela e Carlos Henrique Dia: 23/10/2020
(Meet: https://meet.google.com/nni-xswd-hby)
1. Memória e sensibilização:
Casca de Baobá como memória, oralidade e ancestralidade – existências de uma afrodiaspórica viva, política, histórica e interepistêmica;
Baobá – força vital que estrutura linguagem, cosmopercepções para (re)existir em meio a injustiça cognitiva uno-versalizada;
O que lembramos e escrevemos com as cascas do Baobá?
Quais as cascas de Baobá – e essas como lócus – para existir, resistir e portestar/manifestar-se?
2. Referência:
Texto: Trabalho e Justiça Social A Questão Racial e o novo coronavírus no Brasil - Nilma Lino Gomes, Julho de 2020. Disponível: https://drive.google.com/drive/u/7/folders/1X1PospPLyqqp-AVeSxtzBsGRgd-92dRZ
Vídeo: Esperança e imaginação política – Canal Tempero Drag. Disponível: https://www.youtube.com/watch?v=iqI7ZHVniSg
Vídeo: Emicida anuncia ausência em protestos por conta da Pandemia do coronavírus. Disponível: https://www.youtube.com/watch?v=EcoNpF-eZNM&feature=youtu.be
3. Mais sensibilização:
O que é manifestação e protesto?
É um ato coletivo em que os cidadãos se reúnem publicamente para expressar uma opinião pública. No Brasil, o direito de manifestação e protesto constitucionalmente pela combinação de três direitos elencados no artigo 5º da Constituição Federal. Entre eles liberdade de expressão, liberdade de reunião, liberdade de associação, entre outros. Mas afinal, que manifestações e protestos aconteceram durante a pandemia? Historicamente sempre estivemos em manifestação e protesto, antes mesmo da pandemia. A crise com o coronavírus (covid19) apenas acentuou ainda mais as desigualdades sociais, o principal gatilho para todas as ações a seguir. Uma listagem de algumas das manifestações e protestos que aconteceram e acontecem durante a pandemia, entre eles:
O panelaço #ForaBolsonaro, tuitaço #AdiaEnem, #blacklivemastter e #VidasNegrasImportam, atos de rua com as torcidas organizadas pela democracia, manifestações em Defesa dos trabalhadores da Saúde, Manifestações em defesa da amazônia e o pantanal, Manifestções contra o extermínio dos povos quilombolas, indígenas, Manifestações contra Interventores nas Universidades Públicas, manifestações pro e contra o aborto, manifestções grito dos excluídos, movimento 300 liderado pela Sara winter, carreatas de apoio ao bolsonaro e a reabertura precoce do mercado, entre diversas outras ações.
[...] É tempo de caminhar em fingido silêncio, e buscar o momento certo do grito... A mística quilombola persiste afirmando: a liberdade é uma luta constante”. (Tempo de nos aquilombar – Conceição Evaristo);
MANIFESTAÇÃO 1 minuto de silêncio por nossas memórias
RODA GRIÔ – espaço/quilombo de manifestação/protesto – silêncio e grito
Quais espaços / tempos usamos para nos manifestar e/ou protestar?
4. Sobre o texto – conscientizar-se para existir/resistir/cuidar de si/nós:
Por quem ou porque estamos lutando? Quais sujeitos protestam e sob quais condições?
Os protestos/manifestações são respostas a que ou a quem?
Quem é mais afetado pela crise do novo coronavírus no Brasil? p. 3
População afrodescendente/povos originários/quilombolas/mulheres/periféricos em contexto pandêmico – realidade que se sustenta pela violência histórica e estrutural como norma e não como algo episódigo.
Dados: Os negros representam 75,2% da parcela da população com os menores ganhos e apenas 27,7% dos 10% da população que tem os maiores rendimentos registrados pelo IBGE. p. 2
Dados: Enquanto 27,9% das pessoas brancas vivem em domicílios sem ao menos um serviço de saneamento, a proporção sobe para 44,5% entre pretos e pardos. p. 2
Pandemia e as aulas remotas: Os dados ainda mostram que em relação ao acesso à internet por pessoas entre 15 e 29 anos, 92,5% são brancos e 84,3% negros. A proporção sobre o uso do microcomputador para acessar a rede mundial, é de 61,6% entre brancos e 39,6% entre pretos e pardos. p. 2
Necropolítica - Administrar o mundo global é produzir a morte – a raça aparece como mecanismo classificatório/escolha de quem vive e quem morre. p.3
Quais são as situações de vulnerabilidade e precariedade que lhes acometem? Para enxergá-las, é preciso desnaturalizar o nosso olhar de miopia social e racial produzida pelo mito da democracia racial. p.4
No Brasil, embora todas as estatísticas apontem para o genocídio da juventude negra e atos bárbaros como a morte... Não provocam espanto. p. 8
Trata-se do desafio de zelar pela vida e, ao mesmo tempo, agir politicamente diante da perversa imbricação entre pandemia, racismo, fascismo e necropolítica. Somos desafiados a mobilizar a nossa justa ira, nos dizeres de Paulo Freire, e ao mesmo tempo cuidar uns dos outros. p.9
Lutar contra a crise do novo coronavírus, numa perspectiva antirracista, é lutar contra o racismo, o cinismo social, o capitalismo, o neoliberalismo e a necropolítica. O caráter estrutural e estruturante da raça em nossa história social, política, econômica, cultural e educacional é de tal ordem que, ao considerarmos o seu peso na produção das desigualdades e na imbricação com o capitalismo, conseguimos refletir sobre os principais dilemas do Brasil e apontar caminhos mais democráticos para a nação. p.11
... Para continuarmos lutando/manifestando/protestando/existindo
“É preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar; porque tem gente que tem esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é esperança, é espera. Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir! Esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo…” (Paulo Freire)
PROJETO COVID-19: NARRATIVAS E CUIDADOS DAS PESSOAS AFRODESCENDENTES EM RELAÇÃO À PANDEMIA
PROJETO COVID-19: NARRATIVAS E CUIDADOS DAS PESSOAS AFRODESCENDENTES EM RELAÇÃO À PANDEMIA
quarta-feira, 5 de agosto de 2020
VII CONGEAfro - Congresso sobre Gênero, Educação e Afrodescendência: afrodescendentes em narrativas cotidianas - Internacional CONGEAfro-Brasil/Moçambique
- A mãe abre a janela da própria alma. O voo na imensidão é profundo. Ela sucumbe de vertigens na alegria do reencontro. Delira. Não, meu deus. Eu contava-te todas aquelas histórias de ninar, como qualquer pássaro espalhando sementes ao vento. É bom demais saber que a planta que semeou, germinou. Mas quando a árvore é grande demais também espanta.[...]Minha avó, minha mãe – diz Chivambo. Duas pedras basilares no edifício da vida. O que seria de mim sem a vossa existência?(Paulina Chiziane, in: “As Andorinhas”, 2017. p. 111-112).
- O VII CONGEAfro - Congresso sobre gênero, educação, e afrodescendência: afrodescendentes em narrativas cotidianas, que acontecerá de 03 a 06 de novembro de 2020, é um congresso internacional que está sendo organizado entre Brasil e Moçambique, como continuidade ampliada de atividades organizadas pelo Núcleo de Estudos Roda Griô: Gênero, Educação e Afrodescendência, da Universidade Federal do Piauí e diferentes núcleos brasileiros (ver em Comitês). Nesta sétima edição centraremos esforços em problematizar as narrativas que temos, continuarmos elaborando sobre ser ou estar sendo africano e afrodescendente nos diferentes cotidianos com os quais nos envolvemos para ser gente em lugares e tempos diferentes. Essas ações no tempo nos identificam e nos fazem transformar o tempo todo, ao mesmo tempo em que acionamos nossas memórias para contar e recontar o que de mais belo estamos sendo decolonizadoras/es nas sendas perigosas do mundo (re)colonizado culturalmente.
- Acionando memórias de nós, através do subtema atual, revisitamos todos os outros subtemas trabalhados nos CONGEAfros anteriores: I CONGEAfro: conquistas, experiências, desafios (dias 06-07-08 de novembro de 2013); II CONGEAfro: orgulho de ser afrodescendente - lugares e identidades (dias 03-04-05-06 de novembro de 2015); III CONGEAfro: direito de ser nas relações de poder (dias 09-10-11 de novembro de 2016); IV CONGEAfro: descolonialidades e cosmovisões (dias 07-08-09 de novembro de 2017); V CONGEAfro: justiças social e epistêmica na Década dos Povos Afrodescendentes (dias 05-06-07-08-09 de novembro de 2018); e VI CONGEAfro: políticas públicas e diversidade - quem precisa de identidade (dias 06-07-08 de novembro de 2019). Durante todo esse percurso, nos espantamos, pois chegamos até aqui, como a mãe de Chivambo no conto “As Andorinhas” (CHIZIANE, 2017), como qualquer pássaro espalhando sementes, e a semente está se transformando em árvore frondosa que precisa ser vista, celebrada, e usada como apoio para fazer germinar mais sementes.
- As narrativas como linguagens dinâmicas-flexíveis, são potentes maneiras de experienciarmos as nossas próprias histórias, reconhecermos conquistas-vitórias, renovarmos o fôlego para enfrentarmos novos desafios e procurarmos novas oportunidades de conquistas de: presenças, direitos, epistemologias, políticas, educações, cosmovisões, identidades, visibilidades, subjetividades. Desta maneira, as atividades e os modos das rodas de conversas serão reforçados através de: outras mídias, mesas redondas, comunicações orais, minicursos, oficinas e pôsteres durante o evento, tendo como propósito basilar, o aprender-ensinar coletivamente para sermos mais pessoas, mais GENTE.
- Estamos enfrentando uma pandemia, a do novo Corona Vírus, desde março de 2020. Se formos pesquisar um pouquinho só sobre as populações e grupos mais prejudicadas encontraremos, especialmente no Brasil, os afrodescendentes nesse grupo. No Piauí já somos mais de 80% da população. Em Moçambique e em outras partes do mundo a realidade não é tão diferente. As narrativas colonialistas nos trouxeram grandes epidemias e sofrimentos. Como então narrar nossas experiências conscientes destas realidades, mas trazendo as nossas criações, enfrentamentos, potencialidades, forças, docilidades e solidariedades entre nós? Muitas perguntas e respostas podem surgir.
- “Quando as pessoas interessadas numa questão conversarem entre si, cada uma se torna mais sábia, mais poderosa”. (Provérbio dos Mende de Serra Leoa, África Ocidental).
- Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Gênero, Educação e Afrodescendência - Roda Griô-GEAfro.
Faça sua inscrição gratuita no site da Universidade Federal do Piauí em SIGAA/UFPI.
Instruções:
Para quem não é servidor, discente ou docente da UFPI: você deve ir em: SIGAA/UFPI, colar o nome VII CONGRESSO SOBRE GÊNERO, EDUCAÇÃO E AFRODESCENDÊNCIA: AFRODESCENDENTES EM NARRATIVAS COTIDIANAS em "Título da Ação" e clicar em "Buscar". Clique no nome do evento logo abaixo e veja as informações. Logo abaixo clique na seguinte frase: "Clique aqui para fazer sua Inscrição". Você será direcionado para uma página onde irá colocar E-mail e Senha. Se não for cadastrado ainda, clique em "Ainda não possuo Cadastro". Faça seu cadastro e depois, retorne para fazer sua inscrição.
Caso seja Estrangeiro marque no início do Cadastro. Em "Passaporte" coloque um número que lhe identifique, caso não possua passaporte. Em "CEP" ponha um número que identifique o lugar onde mora e complete o seu endereço. Em "UF" deixe a palavra Piauí, em "Município" deixe a palavra Teresina. Após terminar o cadastro, acesse seu E-mail, confirme seu cadastro e tente fazer sua inscrição voltando ao processo já explicado acima.
Para quem é servidor, discente ou docente da UFPI: você deve ir na sua página e fazer sua inscrição clicando em: Ações de Extensão - Inscrições On-line - Inscrever-se em Ações de Extensão. Procure por VII CONGRESSO SOBRE GÊNERO, EDUCAÇÃO E AFRODESCENDÊNCIA: AFRODESCENDENTES EM NARRATIVAS COTIDIANAS.
Inscrição Gratuita
Enviar somente Título, Autor(es) - 2 no máximo, Resumo e Palavras-chave.
RODA TEMÁTICA 1 – GÊNERO: AFRODESCENDENTE EM NARRATIVAS COTIDIANAS;
RODA TEMÁTICA 2 – EDUCAÇÃO: AFRODESCENDENTE EM NARRATIVAS COTIDIANAS;
RODA TEMÁTICA 3 – AFRODESCENDÊNCIA: AFRODESCENDENTE EM NARRATIVAS COTIDIANAS
No caso de inscrições com dois trabalhos (2 Resumos), caso não consiga enviar o segundo Resumo pelo SIGAA/UFPI, envie para o E-mail: viicongeafro2020@gmail.com. Se identifique no email com o seu nome completo - usado na inscrição.
Inscrições como Ouvintes (participantes sem trabalho receberão certificados de participação).
Objetivo Geral do VII CONGEAfro: Ser sendo, desenvolvendo narrativas que trabalhem os sucessos, os protagonismos, as esperanças, as fraternidades, sororidades, e conquistas diversas de afrodescendentes nos seus diferentes cotidianos, problematizando com vistas de compreender-combater os racismos, as violências, as discriminações, as hegemonias, as hierarquizações epistêmicas e sociais em geral.
Objetivos Específicos:
- Visibilizar conhecimentos e debates como narrativas potentes para superação dos desafios que afligem a população brasileira, que já somam mais de 70% de afrodescendentes só em Teresina-PI.
- Disseminar experiências e ampliar práticas educativas que incitam o bem viver nos afazeres sociais, epistêmicos, culturais, dentre outras vivências-relações humanas.
sábado, 4 de julho de 2020
Inscrições Encerradas.
Postagem em destaque
Registro fotográfico do V CONGEAfro (2018). Fonte: Arquivos Roda Griô, 2023. Reprodução do Roteiro-Guia do encontro do Núcleo de Estudos e P...
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Disponível em: http://www.abpn.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=963%3Ates...
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