quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

ANTES QUE O ANO TERMINE...


O segundo semestre de 2019 no Núcleo de Estudos RODA GRIÔ foram repletos de aprendizagens, discussões e trocas de experiências. Juntas/os tecemos nossas histórias, contamos nossas experiências e dialogamos sobre alguns textos, vídeos e outros materiais.

Continuamos com as discussões do livro “Pele negra, máscaras brancas” de Frantz Fanon, nesse caso foram discutidos os seguintes capítulos, “Cap. 04 - Sobre o pretenso complexo de dependência do colonizado; Cap. 05 - A experiência vivida do negro; Cap. 06 - O preto e a psicopatologia; Cap. 7 - O preto e o reconhecimento”.


Figura 1. Frantz Fanon

Além disso, tivemos no eixo “Saberes outros” apresentações com temas diferenciados. Dentre eles, destacamos “Imagem corporal”; “Experiências universitárias de afrodescendentes em cursos considerados de elite”; “Racismo e Sexismo na Cultura Brasileira” – de Lélia Gonzalez; “Dança Afro” e também, discorremos sobre o subtema do CONGEAfro de 2019: VI Congresso sobre Gênero, Educação e Afrodescendência: Políticas Públicas e Diversidade: Quem precisa de identidade?

Falando de CONGEAfro, nos dias 06 a 08 de novembro, realizamos a sua sexta edição. De forma resumida, trata-se de um congresso como continuidade ampliada de atividades organizadas pelo Núcleo de Estudos RODA GRIÔ. Nas edições de 2013 a 2018 era nacional, mas, devido à participação de pessoas de outras nacionalidades, este ano ampliamos para a modalidade internacional. Como pauta de discussão focalizamos os esforços em problematizar o contexto das políticas públicas que envolvam gênero, educação e afrodescendência brasileira e de outros países.


Figura 2. Atividades realizadas no VI CONGEAFRO


Não podemos esquecer o eixo “Seminário” que contou com a apresentação e problematização dos projetos ou produções das/dos pós-graduandas/os integrantes da RODA GRIÔ. Uma oportunidade de traçar objetivos e aprender em conjunto.

E para finalizar o ano de 2019, tivemos um momento rico de aprendizagens, onde festejamos nossas conquistas e refletimos sobre alguns obstáculos, desafios. Contamos com algumas dinâmicas que envolviam contar lembranças marcantes, bem como, através da escrita e da pintura de jarros enaltecer nossas qualidades e fortalezas. Foi um momento único.


Figura 3. Roda Festiva para encerrar o ano de 2019


Assim, antes que o ano termine o Núcleo de Estudos RODA GRIÔ deseja a todas/os que 2020 seja um ano de muitas conquistas e sabedoria!

terça-feira, 10 de setembro de 2019

VI CONGEAfro: POLÍTICAS PÚBLICAS E DIVERSIDADE – QUEM PRECISA DE IDENTIDADE?

VI CONGEAfro: POLÍTICAS PÚBLICAS E DIVERSIDADE – QUEM PRECISA DE IDENTIDADE? é um congresso como continuidade ampliada de atividades organizadas pelo Núcleo de Estudos Roda Griô. Nas edições de 2013 a 2018 era nacional, mas, devido a participação de pessoas de outras nacionalidades, este ano ampliamos para a modalidade internacional. Como pauta de discussão centraremos esforços em problematizar o contexto das políticas públicas que envolvam gênero, educação e afrodescendência brasileira e de outros países. Ao analisarmos as políticas públicas desenvolvidas no período, desde a Constituição de 1988 aos dias atuais, objetivamos problematizar os impactos que possam ser percebidos pelos atores sociais/acadêmicos nos campos: educacional e social, de forma que possamos observar se estas políticas se configuram como ações adequadas para “os reconhecimentos”, “as justiças”, “os desenvolvimentos”, propostas pautadas pela Década Internacional de Afrodescendentes (2015-2024).




O VI CONGEAFRO acontecerá nos dias 06 a 08 de novembro de 2019, na Universidade Federal do Piauí – UFPI.

Trata-se de Evento Internacional e as Inscrições são gratuitas (01 a 30 de setembro de 2019).

Para inscrições com trabalhos enviar somente o Resumo em português, espanhol, francês ou inglês.


Também estamos com inscrições abertas para monitoras/es até dia 15 de setembro.


Venha fazer parte dessa Roda de Conhecimentos!

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

SABERES OUTROS


O eixo “Saberes Outros” é uma tentativa de discutir/apresentar conhecimentos variados e em formatos diversificados para refletirmos e problematizarmos sobre “gênero, educação e afrodescendência”. 

Nesse primeiro semestre de 2019, no eixo "Saberes Outros" contamos com a mediação da escritora Márcia Evelin; Raimundo Nonato Sousa, Coordenador Geral do Comitê Estadual de Educação em Direitos Humanos do Piauí, bem como, da professora Dr. Maria de Lourdes Rocha Lima Nunes, Coordenadora de Comissões Temáticas do comitê em questão; Emanuella Geovana Magalhães de Souza, mestre em Educação; Kleyson Matos, psicólogo e do prof. Dr. Francis Musa Boakari.

A escritora Márcia Evelin apresentou suas experiências ao visitar a ação comunitária “Grão de Luz e Griô” e também ressaltou maiores informações do referido grupo através do seu site[1]. Trazemos aqui uma breve descrição deste grupo,

O Grãos de Luz e Griô é um ponto de cultura, uma associação comunitária, uma rede de famílias e comunidades que nasceu em 1995 e que foi fundada juridicamente em 2001. Foi primeiro lugar no Brasil pelo Prêmio Itaú Unicef 2003 entre 1834 projetos no Brasil, primeiro premiado no Prêmio Democratização Cultural 2008 pelo Instituto Votorantim, Destaque no Prêmio Cultura Viva 2007 e outros prêmios regionais e já participou de 4 festivais e encontros internacionais de culturas populares e tradições orais[2].

Raimundo Nonato Sousa, Coordenador Geral do Comitê Estadual de Educação em Direitos Humanos do Piauí e a professora Dr. Maria de Lourdes Rocha Lima Nunes, Coordenadora de Comissões Temáticas do comitê em questão, contaram suas experiências relacionadas aos Direitos Humanos no Piauí, a importância do comitê, suas ações, as conquistas e desafios enfrentados. Para saber mais, disponibilizamos o blog do Comitê Estadual de Educação em Direitos Humanos do Piauí nas referências[3].

Também discutimos as consequências dos silenciamentos na literatura infantil, através do artigo “Resistindo ao Epistemicídio: em busca de uma literatura infantil afro-brasileira, moçambicana e angolana”[4], com mediação da prof. Me. Emanuella Souza; ainda discutindo sobre os silenciamentos, o psicólogo Kleyson Matos, realizou algumas considerações sobre o racismo a partir das obras de arte de Adriana Varejão. Para saber mais sobre essa artista, trazemos algumas dicas de leitura: 

1. Resenha do livro "Pérola imperfeita: a história e as histórias contadas por Adriana Varejão"[5]
2. “Obras de Adriana Varejão”, Enciclopédia Itaú Cultural[6]

Para finalizar os diálogos realizados no eixo "Saberes Outros", tivemos a contribuição do prof. Dr. Francis Boakari, discorrendo sobre “Afrodescendência: significado e implicações”, a partir do artigo “Por que afrodescendente? E não negro, pardo ou preto?”[7]. Sobre isso, trazemos a seguinte ponderação realizada pelo mediador,

Problematizar nomenclaturas a nos atribuídas é aceitar os desafios para melhor conhecer as histórias do mundo, do Brasil e das nossas ao mesmo tempo. São todas inter-relacionadas e nada melhor que uma compreensão interdependente das realidades naturais e socioculturais. Reconhecer as conquistas dos povos africanos é afirmar as potencialidades da África e contextualizar as suas possibilidades.  


Esse foi um resumo das conversas realizadas no eixo "Saberes Outros" aproveite e venha conhecer nosso núcleo de estudos RODA GRIÔ e fazer a Roda Girar! 

sábado, 27 de julho de 2019

DIALOGANDO COM FANON


Para o "Eixo Diálogos", que ocorreu no primeiro semestre de 2019, foi escolhido o livro de Frantz Fanon, “Pele negra, máscaras brancas” (2008)[1]. Discutimos “Notas do Tradutor; Prefácio e Introdução”, com mediação do prof. Dr. Francis Musa Boakari; posteriormente tivemos o primeiro capítulo, intitulado “O negro e a linguagem”, sob a responsabilidade da Doutoranda em Educação L’Hosana Tavares; o segundo capítulo, “A mulher de cor e o branco” com mediação da professora Marcieva Moreira e também discutimos o terceiro capítulo, “O homem de cor e a branca” com apresentação de Wendel Aguiar, graduando em Licenciatura do Campo.  

Afinal, quem foi Frantz Fanon? A seguir pontuamos algumas dicas a partir da obra “Pele negra, máscara brancas”...

Fanon nasceu na ilha da Martinica, departamento francês, no Caribe, em 1925. Estudou na França, se doutorando em psiquiatria aos 26 anos, na cidade de Lyon. Além dos estudos médicos, estudou filosofia e sociologia. Lutou com bravura ao lado francês durante a II Guerra Mundial, e foi condecorado por duas vezes. Foi membro, lutando com a Resistência da Frente de Libertação Nacional – Argélia. Dirigiu o Departamento de Psiquiatria do Hospital Blida-Joinville, também, na Argélia. Batalhou para ajudar condenados pelas instituições coloniais e racistas do mundo moderno. Com leucemia, morreu em 6 de dezembro de 1961, em Maryland, Estados Unidos.

Do que trata a obra “Pele negra, máscaras brancas”?
Neste livro o autor discute os impactos do racismo e do colonialismo na psique (de colonizadores e colonizados) e mostra o quanto as alienações coloniais são incorporadas pelos colonizados, mesmo no contexto de elaboração do protesto negro” (Negro Belchior, 2015) [2].
Algumas questões problematizadoras realizadas pelos/as mediadores/as da RODA GRIÔ:

01.  Apesar de suas produções acadêmicas, Fanon “é mais conhecido como um revolucionário” (p.11) e não como intelectual. Como se explica está situação? (p. 12)
02.   Em que parte do texto a roupa aparece como marcador da identidade? De quem?
03.  Por que a "Villa de Didier" que encantava "Mayotte Capécia" na infância lhe causou tanto estranhamento? Por que agora já eram outros lados, lugares que descreviam os comportamentos e dialéticas do ser e do ter?
04.   Por que o amor é proibido às “Mayottes Capécias” de todos os países?
05.   O que a “mulher branca” representa?
06.   O que é uma Neurose para Fanon e para nós?

Pretendemos continuar com as reflexões da obra de Fanon "Pele negra, máscaras brancas" no segundo semestre de 2019. Ficou interessada/o? O livro se encontra disponível online (ver referências). Aproveite e venha fazer a Roda girar!




[1] FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Tradução: Renato da Silveira. Salvador: EDUFBA, 2008. Disponível em: https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2013/08/Frantz_Fanon_Pele_negra_mascaras_brancas.pdf
 Acesso em: 22 fev. 2019.

[2]NEGRO BELCHIOR. Você conhece Frantz Fanon? 2015. Disponível em:  https://negrobelchior.cartacapital.com.br/voce-conhece-frantz-fanon/ Acesso em: 25 jul. 2019.


quarta-feira, 24 de julho de 2019

GIRANDO DIFERENTE


Nesse primeiro semestre de 2019 o Núcleo de Estudos RODA GRIÔ–GEAfro: Gênero, Educação e Afrodescendência realizou algumas mudanças na sua metodologia para melhor dialogar com os conhecimentos, experiências e reflexões das/os participantes. Numa tentativa de aprender mais em coletivo.

Com as mudanças, as nossas Rodas estão compostas de quatro eixos, a saber, Diálogos; Seminário; Saberes Outros e Organização de Eventos e Atividades. No eixo “Diálogos”, ocorrem apresentações de determinados textos acadêmicos, no qual, as/os mediadoras/es devem enviar uma lista de perguntas problematizadoras para facilitar a participação e compreensão do grupo.

Dando continuidade, o eixo “Seminário”, se caracteriza pela apresentação de projetos ou produções de pós-graduandas/os em Educação ou de outros programas. Esse eixo possibilita que as/os estudantes da pós-graduação tenham novos olhares e direcionamentos em relação as suas pesquisas.

O eixo “Saberes Outros” é uma tentativa de discutir/apresentar conhecimentos com formatos diversificados para refletirmos e problematizarmos sobre “gênero, educação e afrodescendência”.

E por último, o eixo “Organização de Eventos e Atividades”, um momento de trabalharmos coletivamente para o bom andamento do CONGEAfro, do 13 de Maio, da Oficina de Seleção, do Registro em Vídeo e em texto/imagem sobre a Roda.


Continuamos realizando nossas Rodas na Sala dos Núcleos do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGED) da Universidade Federal do Piauí (UFPI), as sextas-feiras, iniciando as 08h30min. Venha fazer a Roda Girar!

Postagem em destaque

Registro fotográfico do V CONGEAfro (2018). Fonte: Arquivos Roda Griô, 2023. Reprodução do Roteiro-Guia do encontro do Núcleo de Estudos e P...