terça-feira, 1 de dezembro de 2020

PROJETO COVID-19: NARRATIVAS E CUIDADOS DAS PESSOAS AFRODESCENDENTES EM RELAÇÃO À PANDEMIA

 

Essa sexta-feira (04/12) às 8:30h teremos mais uma roda/projeto.
Contaremos com a colaboração das  mediadoras L’Hosana, Regina e Vicelma, além do tema-gerador
 "As experiências docentes com a pandemia", com As cartas-narrativas recebidas - Esperança Garcia e Lélia Gonzalez – codinomes e MACÊDO, Shirley. Ser mulher trabalhadora e mãe no contexto da pandemia covid-19: tecendo sentidos.


Ainda aproveitamos para compartilhar o link de acesso a sala virtual no e-mail, participe! 

VII CONGRESSO SOBRE GÊNERO, EDUCAÇÃO E AFRODESCENDÊNCIA: AFRODESCENTES EM NARRATIVAS COTIDIANAS


  

Tenha acesso aos registros das rodas e mídias apresentadas no VII CONGEAFRO.

Disponíveis no nosso canal youtuber:

 https://www.youtube.com/channel/UCYsM3lH6Na78Ev_1SEzKfLQ

Disponíveis em nosso site: 

https://5e7f9d751c61d.site123.me/

terça-feira, 20 de outubro de 2020

PROJETO COVID-19: NARRATIVAS E CUIDADOS DAS PESSOAS AFRODESCENDENTES EM RELAÇÃO À PANDEMIA




Mediadores: Simoní Portela e Carlos Henrique                  Dia: 23/10/2020

(Meet: https://meet.google.com/nni-xswd-hby)


1. Memória e sensibilização:


Casca de Baobá como memória, oralidade e ancestralidade – existências de uma afrodiaspórica viva, política, histórica e interepistêmica;

Baobá – força vital que estrutura linguagem, cosmopercepções para (re)existir em meio a injustiça cognitiva uno-versalizada;


  • O que lembramos e escrevemos com as cascas do Baobá?

  • Quais as cascas de Baobá – e essas como lócus – para existir, resistir e portestar/manifestar-se?


2. Referência: 


Texto: Trabalho e Justiça Social A Questão Racial e o novo coronavírus no Brasil - Nilma Lino Gomes, Julho de 2020. Disponível:  https://drive.google.com/drive/u/7/folders/1X1PospPLyqqp-AVeSxtzBsGRgd-92dRZ


Vídeo: Esperança e imaginação política – Canal Tempero Drag. Disponível: https://www.youtube.com/watch?v=iqI7ZHVniSg

Vídeo: Emicida anuncia ausência em protestos por conta da Pandemia do coronavírus. Disponível: https://www.youtube.com/watch?v=EcoNpF-eZNM&feature=youtu.be


3. Mais sensibilização: 

  • O que é manifestação e protesto?

É um ato coletivo em que os cidadãos se reúnem publicamente para expressar uma opinião pública. No Brasil, o direito de manifestação e protesto constitucionalmente pela combinação de três direitos elencados no artigo 5º da Constituição Federal. Entre eles liberdade de expressão, liberdade de reunião, liberdade de associação, entre outros. Mas afinal, que manifestações e protestos aconteceram durante a pandemia? Historicamente sempre estivemos em manifestação e protesto, antes mesmo da pandemia. A crise com o coronavírus (covid19) apenas acentuou ainda mais as desigualdades sociais, o principal gatilho para todas as ações a seguir. Uma listagem de algumas das manifestações e protestos que aconteceram e acontecem durante a pandemia, entre eles:

O panelaço #ForaBolsonaro, tuitaço #AdiaEnem, #blacklivemastter e #VidasNegrasImportam, atos de rua com as torcidas organizadas pela democracia, manifestações em Defesa dos trabalhadores da Saúde, Manifestações em defesa da amazônia e o pantanal, Manifestções contra o extermínio dos povos quilombolas, indígenas, Manifestações contra Interventores nas Universidades Públicas, manifestações pro e contra o aborto, manifestções  grito dos excluídos, movimento 300 liderado pela Sara winter, carreatas de apoio ao bolsonaro e a reabertura precoce do mercado, entre diversas outras ações. 

  • [...] É tempo de caminhar em fingido silêncio, e buscar o momento certo do grito... A mística quilombola persiste afirmando: a liberdade é uma luta constante”. (Tempo de nos aquilombar – Conceição Evaristo);

  • MANIFESTAÇÃO 1 minuto de silêncio por nossas memórias

  • RODA GRIÔ – espaço/quilombo de manifestação/protesto – silêncio e grito

  • Quais espaços / tempos usamos para nos manifestar e/ou protestar? 


4. Sobre o texto – conscientizar-se para existir/resistir/cuidar de si/nós:


  • Por quem ou porque estamos lutando? Quais sujeitos protestam e sob quais condições?

  • Os protestos/manifestações são respostas a que ou a quem?

  • Quem é mais afetado pela crise do novo coronavírus no Brasil? p. 3 

  • População afrodescendente/povos originários/quilombolas/mulheres/periféricos em contexto pandêmico – realidade que se sustenta pela violência histórica e estrutural como norma e não como algo episódigo.

  • Dados: Os negros representam 75,2% da parcela da população com os menores ganhos e apenas 27,7% dos 10% da população que tem os maiores rendimentos registrados pelo IBGE. p. 2

  • Dados: Enquanto 27,9% das pessoas brancas vivem em domicílios sem ao menos um serviço de saneamento, a proporção sobe para 44,5% entre pretos e pardos. p. 2

  • Pandemia e as aulas remotas: Os dados ainda mostram que em relação ao acesso à internet por pessoas entre 15 e 29 anos, 92,5% são brancos e 84,3% negros. A proporção sobre o uso do microcomputador para acessar a rede mundial, é de 61,6% entre brancos e 39,6% entre pretos e pardos. p. 2

  • Necropolítica - Administrar o mundo global é produzir a morte – a raça aparece como mecanismo classificatório/escolha de quem vive e quem morre. p.3 

  • Quais são as situações de vulnerabilidade e precariedade que lhes acometem? Para enxergá-las, é preciso desnaturalizar o nosso olhar de miopia social e racial produzida pelo mito da democracia racial. p.4

  • No Brasil, embora todas as estatísticas apontem para o genocídio da juventude negra e atos bárbaros como a morte... Não provocam espanto. p. 8

  • Trata-se do desafio de zelar pela vida e, ao mesmo tempo, agir politicamente diante da perversa imbricação entre pandemia, racismo, fascismo e necropolítica. Somos desafiados a mobilizar a nossa justa ira, nos dizeres de Paulo Freire, e ao mesmo tempo cuidar uns dos outros. p.9

  • Lutar contra a crise do novo coronavírus, numa perspectiva antirracista, é lutar contra o racismo, o cinismo social, o capitalismo, o neoliberalismo e a necropolítica. O caráter estrutural e estruturante da raça em nossa história social, política, econômica, cultural e educacional é de tal ordem que, ao considerarmos o seu peso na produção das desigualdades e na imbricação com o capitalismo, conseguimos refletir sobre os principais dilemas do Brasil e apontar caminhos mais democráticos para a nação. p.11



... Para continuarmos lutando/manifestando/protestando/existindo


“É preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar; porque tem gente que tem esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é esperança, é espera. Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir! Esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo…” (Paulo Freire)





 


PROJETO COVID-19: NARRATIVAS E CUIDADOS DAS PESSOAS AFRODESCENDENTES EM RELAÇÃO À PANDEMIA


PROJETO COVID-19: NARRATIVAS E CUIDADOS DAS PESSOAS
AFRODESCENDENTES EM RELAÇÃO À PANDEMIA
Guia de apresentação (Roda Virtual –Meet: https://meet.google.com/xgb-iadf-dik)
Mediadora: Francilene Brito da Silva Dia: 25/09/2020

1. Memória e sensibilização:
Não tenho essa discussão sobre relacionamentos toda organizada, sistematizada, etc. Várias
imagens vêm e vão, como estrelas, pequenas estrelas. Você terá de unir estas imagens, para
poder fazer algum sentido delas. O que é importante, porém, é ver nossa compreensão da
intimidade primordialmente como uma prática determinada pelo espírito ou autorizada pelo
espírito e executada por alguém que reconhece que não pode, por si própria, fazer acontecer

aquilo a que foi convidada.

(Sobonfu Somé)
 Masculino e feminino - além das concepções binárias de corpos;
 Como perceber as relações masculino e feminino em corpos?
 O sagrado é o feminino ou o corpo? Corpo como altar - tem uma
cosmopercepção e cosmovivência feminina? E a masculina?

2. Referência:
SAGRADO FEMININO E VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES E CRIANÇAS:
PODEMOS ESCOLHER OS NOSSOS ESPELHOS? – Francilene Brito da Silva.

Disponível em: https://drive.google.com/file/d/0B_Dg2TKcVQ-
Tc0JIbnk0RGo3NTA/view

3. Mais sensibilização:
Conseqüentemente, é tempo de aprendermos a nos libertar do espelho eurocêntrico onde nossa imagem é
sempre, necessariamente, distorcida. É tempo, enfim, de deixar de ser o que não somos. (QUIJANO,
2005, p. 139).
 Que imagens/espelhos acionamos para enxergar/enxergarmo-nos o/no/como
sagrado/corpo - altar?
 Uma vivência com as câmeras desligadas ao entrar, a partir da epígrafe de
Gonçalves (2017). As câmeras como metáfora do espelho.
A Esméria parou na frente dele e me chamou, disse para eu fechar os olhos e imaginar como eu era, com
o que me parecia, e depois podia abrir os olhos e o espelho me diria se o que eu tinha imaginado era
verdade ou mentira. [...] Era como a água muito limpa, coisa que, aliás, ele bem parecia. Eu era muito
diferente do que imaginava, e durante alguns dias me achei feia, como a sinhá sempre dizia que todos os
pretos eram, e evitei chegar perto da sinhazinha. [...] E assim foi até o dia em que comecei a me achar

bonita também, pensando de um modo diferente e percebendo o quanto era parecida com a minha mãe.
(GONÇALVES, 2017, p. 85-86).
 Com quais espelhos estamos nos observando e sentindo diante de uma realidade
inóspita para nós? A COVID-19 quebrou ou reproduziu espelhos da
colonialidade/modernidade?
 Quais espelhos estamos usando para nos reconectar com o nosso sagrado?
 [...] deixar de ser o que não somos [...] (p. 11).
4. Sobre o texto - escrita de si/nós:
Mundo moderno/colonial – escravização/subalternização – raiz “racial”: implicações
dos espelhos eurocêntricos que causam em nós um desvio/esquecimento das nossas
sacralidade e alimenta as violências com as quais sofremos para além de um vírus.
5. Reflexões sobre o texto, mas que também é sobre si/nós... (Relatos pessoais)
 Anibal Quijano (2005) nos lembra: já é tempo de nos libertar destes espelhos (p.
1). Como as mulheres e as crianças afrodescendentes devem sobreviver a esses
espelhos? Quais cuidados tecermos juntos – homens e mulheres e o gênero que
quisermos ser? (p.2)
 Por que muitos círculos de aprendizagem e compartilhamento sobre o “novo
sagrado feminino” não repensa os espelhos que usamos? (p. 4) – As urgências
de processos de desaprendizagem e os caminhos/espelhos decoloniais;
● Diversas jornadas do sagrado feminino on-line com grupos de mulheres para os
seus próprios autoconhecimentos (criação de redes de cuidados e autocuidados).
Cosmopercepções de um corpo pluriversal, pois é travessia, enunciação e
sacralização (p.4).
● O sagrado feminino e as religiosidades – “o sagrado ligado à religiosidade brasileira
[...]”
● O ser/sentir/perceber-se esse/nesse corpo é a conexão/comunicação com o
sagrado (p.5)
● Hoje temos que nos perguntar também, que entendemos o sagrado feminino em
nós, quem é mais e menos considerada sagrada? O que isso tem a ver com o
cuidado e as nossas histórias contra a indiferença e a inação? (p.5);
● Mapa da violência (2015). Homicídio de mulheres no Brasil, p.39 – “mulheres
mortas por ódio ou por futilidades ou banalidades” (p.7) – Dados da
dessacralização do corpo feminino e a naturalização da violência;
● Domesticidade dos homicídios de mulheres – (A casa e a rua?).
● “Local das agressões entre homicídios de homens e mulheres - Homens são
mortos mais na rua e Mulheres são mortas na rua e em casa” (p.7) – Cuidados e
autocuidados com o feminino em tempos de isolamento social;
● Uma Educação de retornos e reencontros como nos orienta Paulo Freire (2005;
2011) – a “um passado glorioso para nos lembrar quem de fato somos”. (p. 10)
● Os espelhos distorcidos podem ser trocados por espelhos que nos permitam um dia
dizer “E assim foi até o dia em que comecei a me achar bonita também, pensando
de um modo diferente e percebendo o quanto era parecida com a minha mãe”?
(p.12)

 

PROJETO COVID-19: NARRATIVAS E CUIDADOS DAS PESSOAS AFRODESCENDENTES EM RELAÇÃO À PANDEMIA



3. Quem foi Sobonfu Somé

Sobonfu Somé foi uma professora e escritora burquinense, autora, palestrante, ativista,
especializada em tópicos de espiritualidade . Escreveu os livros: O espírito da
intimidade; Congratulando-se com Espírito Home: antigos ensinamentos Africano para
comemorar Crianças e Comunidade; Falling Out of Grace: Meditações sobre a perda,
cura e sabedoria; Sabedoria das Mulheres do Coração da África.
Fundou a Wisdom Spring (Sabedoria Primavera) organização para ensinar
espiritualidade Africana aos ocidentais e para fornecer água potável para as aldeias
em África Ocidental..
Morreu em 14 de janeiro de 2017, vítima de um sistema imunológico enfraquecido
atribuído à contaminação da água.
4. Do que trata o texto:
O abraço da comunidade é um dos capítulos do livro O espírito da intimidade, de
Sobonfu Somé, que analisa os relacionamentos e a intimidade através das lentes da
espiritualidade e dos ensinamentos africanos e mostra a importância que a comunidade
assume nesse processo.
5. Reflexões, buscas, conexões... (Relatos pessoais)
1. O que temos a aprender com Sobonfu Somé sobre sociabilidades,
espiritualidade, relacionamentos, intimidade?
2. Que relações você faz desses ensinamentos com seu modo de viver ocidental?
3. Como agregar “a conexão íntima” com a vida expressa por Sobonfu, no nosso
cotidiano, na nossa comunidade, entre os nossos?
● “A comunidade é o espírito, a luz-guia da tribo; é onde as pessoas se reúnem
para realizar um objetivo específico para ajudar os outros a realizarem seu
propósito e para cuidar umas das outras” (p.35)
● “Aqui no Ocidente, talvez nunca tenhamos o tipo de comunidade que tínhamos
na África. No entanto, podemos ao menos ter uma noção dela, permitindo que os
amigos participem de nossa vida”. (p.38)
● “Aqueles que moram no Ocidente podem criar uma noção de comunidade em
sua cidade. [...] São tentativas de recriar uma comunidade maior, que existia e
foi destruída” (p.41)
● “Como seres humanos, somos limitados ao que podemos fazer ou dar. Assim ao
educar crianças, precisamos definitivamente, do apoio de outras pessoas. É
como dizemos ‘ é preciso toda uma aldeia para manter os pais sãos’ .” (p.44)
● “Quando começamos a sentir um problema, pensamos que ele pertence somente
às duas pessoas envolvidas. Esquecemos que o espírito está lá. Tendemos a
esquecer que temos aliados que podem nos dar força. Esquecemos de pedir
ajuda aos nossos amigos e familiares. ” (p.47)
● “Precisamos abraçar o novo milênio, com um olhar totalmente novo, um coração
que permite respeito mútuo.” (p.52)

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

VII CONGEAfro - Congresso sobre Gênero, Educação e Afrodescendência: afrodescendentes em narrativas cotidianas - Internacional CONGEAfro-Brasil/Moçambique


  • A mãe abre a janela da própria alma. O voo na imensidão é profundo. Ela sucumbe de vertigens na alegria do reencontro. Delira. Não, meu deus. Eu contava-te todas aquelas histórias de ninar, como qualquer pássaro espalhando sementes ao vento. É bom demais saber que a planta que semeou, germinou. Mas quando a árvore é grande demais também espanta.
    [...]
    Minha avó, minha mãe – diz Chivambo. Duas pedras basilares no edifício da vida. O que seria de mim sem a vossa existência?
    (Paulina Chiziane, in: “As Andorinhas”, 2017. p. 111-112).
  • O VII CONGEAfro - Congresso sobre gênero, educação, e afrodescendência: afrodescendentes em narrativas cotidianas, que acontecerá de 03 a 06 de novembro de 2020, é um congresso internacional que está sendo organizado entre Brasil e Moçambique, como continuidade ampliada de atividades organizadas pelo Núcleo de Estudos Roda Griô: Gênero, Educação e Afrodescendência, da Universidade Federal do Piauí e diferentes núcleos brasileiros (ver em Comitês). Nesta sétima edição centraremos esforços em problematizar as narrativas que temos, continuarmos elaborando sobre ser ou estar sendo africano e afrodescendente nos diferentes cotidianos com os quais nos envolvemos para ser gente em lugares e tempos diferentes. Essas ações no tempo nos identificam e nos fazem transformar o tempo todo, ao mesmo tempo em que acionamos nossas memórias para contar e recontar o que de mais belo estamos sendo decolonizadoras/es nas sendas perigosas do mundo (re)colonizado culturalmente. 
  • Acionando memórias de nós, através do subtema atual, revisitamos todos os outros subtemas trabalhados nos CONGEAfros anteriores: I   CONGEAfro: conquistas, experiências, desafios (dias 06-07-08 de novembro de 2013); II  CONGEAfro: orgulho de ser afrodescendente - lugares e identidades (dias 03-04-05-06 de novembro de 2015); III CONGEAfro: direito de ser nas relações de poder (dias 09-10-11 de novembro de 2016); IV CONGEAfro: descolonialidades e cosmovisões (dias 07-08-09 de novembro de 2017); V  CONGEAfro: justiças social e epistêmica na Década dos Povos Afrodescendentes (dias 05-06-07-08-09 de novembro de 2018); e VI CONGEAfro: políticas públicas e diversidade - quem precisa de identidade (dias 06-07-08 de novembro de 2019). Durante todo esse percurso, nos espantamos, pois chegamos até aqui, como a mãe de Chivambo no conto “As Andorinhas” (CHIZIANE, 2017), como qualquer pássaro espalhando sementes, e a semente está se transformando em árvore frondosa que precisa ser vista, celebrada, e usada como apoio para fazer germinar mais sementes.
  • As narrativas como linguagens dinâmicas-flexíveis, são potentes maneiras de experienciarmos as nossas próprias histórias, reconhecermos conquistas-vitórias, renovarmos o fôlego para enfrentarmos novos desafios e procurarmos novas oportunidades de conquistas de: presenças, direitos, epistemologias, políticas, educações, cosmovisões, identidades, visibilidades, subjetividades. Desta maneira, as atividades e os modos das rodas de conversas serão reforçados através de: outras mídias, mesas redondas, comunicações orais, minicursos, oficinas e pôsteres durante o evento, tendo como propósito basilar, o aprender-ensinar coletivamente para sermos mais pessoas, mais GENTE. 
  • Estamos enfrentando uma pandemia, a do novo Corona Vírus, desde março de 2020. Se formos pesquisar um pouquinho só sobre as populações e grupos mais prejudicadas encontraremos, especialmente no Brasil, os afrodescendentes nesse grupo. No Piauí já somos mais de 80% da população. Em Moçambique e em outras partes do mundo a realidade não é tão diferente. As narrativas colonialistas nos trouxeram grandes epidemias e sofrimentos. Como então narrar nossas experiências conscientes destas realidades, mas trazendo as nossas criações, enfrentamentos, potencialidades, forças, docilidades e solidariedades entre nós? Muitas perguntas e respostas podem surgir.
    • Quando as pessoas interessadas numa questão conversarem entre si, cada uma se torna mais sábia, mais poderosa”.  (Provérbio dos Mende de Serra Leoa, África Ocidental).
    • Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Gênero, Educação e Afrodescendência - Roda Griô-GEAfro.

  • Faça sua inscrição gratuita no site da Universidade Federal do Piauí em SIGAA/UFPI.

    Instruções:

    Para quem não é servidor, discente ou docente da UFPI: você deve ir em: SIGAA/UFPI, colar o nome VII CONGRESSO SOBRE GÊNERO, EDUCAÇÃO E AFRODESCENDÊNCIA: AFRODESCENDENTES EM NARRATIVAS COTIDIANAS em "Título da Ação" e clicar em "Buscar". Clique no nome do evento logo abaixo e veja as informações. Logo abaixo clique na seguinte frase: "Clique aqui para fazer sua Inscrição". Você será direcionado para uma página onde irá colocar E-mail e Senha. Se não for cadastrado ainda, clique em "Ainda não possuo Cadastro". Faça seu cadastro e depois, retorne para fazer sua inscrição.

    Caso seja Estrangeiro marque no início do Cadastro. Em "Passaporte" coloque um número que lhe identifique, caso não possua passaporte. Em "CEP" ponha um número que identifique o lugar onde mora e complete o seu endereço. Em "UF" deixe a palavra Piauí, em "Município" deixe a palavra Teresina. Após terminar o cadastro, acesse seu E-mail, confirme seu cadastro e tente fazer sua inscrição voltando ao processo já explicado acima.

    Para quem é servidor, discente ou docente da UFPI: você deve ir na sua página e fazer sua inscrição clicando em: Ações de Extensão - Inscrições On-line - Inscrever-se em Ações de Extensão. Procure por VII CONGRESSO SOBRE GÊNERO, EDUCAÇÃO E AFRODESCENDÊNCIA: AFRODESCENDENTES EM NARRATIVAS COTIDIANAS. 

Inscrição Gratuita

01 de agosto até 30 de setembro:
Inscrições com trabalho, envio de Resumos.

Enviar somente Título, Autor(es) - 2 no máximo, Resumo e Palavras-chave.

No seu Resumo, identifique a Roda Temática e a Modalidade que você escolheu.
Rodas Temáticas:

RODA TEMÁTICA 1 – GÊNERO: AFRODESCENDENTE EM NARRATIVAS COTIDIANAS;

RODA TEMÁTICA 2 – EDUCAÇÃO: AFRODESCENDENTE EM NARRATIVAS COTIDIANAS;

RODA TEMÁTICA 3 – AFRODESCENDÊNCIA: AFRODESCENDENTE EM NARRATIVAS COTIDIANAS

Modalidades: 
Mídias (fotos, vídeos, áudios, etc.); 
Oficinas (com Crianças ou Adolescentes - descrever no resumo); 
Minicursos (Socializações de Aprendizagens); 
Pôsteres (para quem deseja apresentar o resumo de sua pesquisa em banner); 
Comunicações Orais (para quem vai apresentar sua pesquisa em Rodas de Conversas).

No caso das Mídias (envie o seu resumo pelo SIGAA/UFPI), e, se não conseguir enviar o seu arquivo da mídia no SIGAA, envie para o E-mail: viicongeafro2020@gmail.com. Se identifique no email com o seu nome completo - usado na inscrição.

No caso de inscrições com dois trabalhos (2 Resumos), caso não consiga enviar o segundo Resumo pelo SIGAA/UFPI, envie para o E-mail: viicongeafro2020@gmail.com. Se identifique no email com o seu nome completo - usado na inscrição.


24 de julho até 31 de outubro:

Inscrições como Ouvintes (participantes sem trabalho receberão certificados de participação).

Objetivo Geral do VII CONGEAfro: Ser sendo, desenvolvendo narrativas que trabalhem os sucessos, os protagonismos, as esperanças, as fraternidades, sororidades, e conquistas diversas de afrodescendentes nos seus diferentes cotidianos, problematizando com vistas de compreender-combater os racismos, as violências, as discriminações, as hegemonias, as hierarquizações epistêmicas e sociais em geral.

Objetivos Específicos: 

- Visibilizar conhecimentos e debates como narrativas potentes para superação dos desafios que afligem a população brasileira, que já somam mais de 70% de afrodescendentes só em Teresina-PI.

- Disseminar experiências e ampliar práticas educativas que incitam o bem viver nos afazeres sociais, epistêmicos, culturais, dentre outras vivências-relações humanas.

sábado, 4 de julho de 2020



PROJETO COVID-19: NARRATIVAS E CUIDADOS DAS PESSOAS AFRODESCENDENTES EM RELAÇÃO À PANDEMIA

Encontros On-line quinzenais: 14/08/2020 à 18/12/2020 – das 8h30 às 11h30. Plataforma: Goog Meet.
03/07/2020 à 07/08/2020 – Inscrições para participar dos encontros on-line e obter certificado. Lembramos que a participação continua aberta a todas as pessoas.

Formulário de Inscrição: Inscrições Encerradas. 
Agradecemos a todas as pessoas que se inscreveram. Vamos construir junt@s essa história! 
1ª Roda: dia 14/07/2020 às 8h30.

Resumo do Projeto:
O projeto de extensão PROJETO COVID-19: Narrativas e cuidados das pessoas afrodescendentes em relação à pandemia é o resultado de uma experiência iniciada no dia 10 de abril de 2020 quando o Núcleo de Estudos e Pesquisas Roda Griô – GEAfro: Gênero, Educação e Afrodescendência da Universidade Federal do Piauí – começou a realizar videoconferência, via internet em plataformas digitais, como atividade remota dos estudantes e da comunidade, que já participavam do Núcleo em períodos anteriores à Pandemia do COVID-19. Nessas videoconferências, cada participante tinha alguma narrativa para ser socializada como cuidado e nova experiência sobre o contexto pandêmico e seus desdobramentos. Através desse canal de compartilhamento de dores, medos, incertezas e muito esperançar (no sentido de fazer algo para não apenas esperar) começamos uma jornada de discussão sobre nosso bem-viver e os aspectos dos cuidados que essas narrativas fortaleciam em cada praticante cultural. Portanto, este projeto é uma tentativa de ampliar essas experiências, já que uma das maneiras de se trabalhar a vulnerabilidade da população afrodescendente é justamente a formação de comunidades que criam redes de colaboração/confiança, bem como, de interação, informação e conhecimento mais seguros diante dos desafios atuais. É também uma maneira de buscar colaborar com o trabalho de setores de atendimento da universidade no atendimento à comunidade estudantil, mas também não estudantil, com relação à saúde mental e emocional de uma população que já é majoritária no Estado do Piauí: as pessoas afrodescendentes como mulheres e homens jovens, adultos, idosos, sem discriminação de gênero e de formação educativa, desempregados ou em subempregos.
Cronograma:
Horário: das 8h30 às 11h30.
03/07/2020 à 07/08/2020 – Inscrições para participar dos encontros on-line e obter certificado. Lembramos que a participação continua aberta a todas as pessoas.
17/07/2020 e 31/07/2020 – Encontro on-line (ainda anteriores ao projeto).
10/07/2020, 24/07/2020 e 07/08/2020 – Reunião com equipe de organização.
14/08/2020 – Encontro on-line.
21/08/2020 – Reunião com equipe de organização.
28/08/2020 – Encontro on-line.
04/09/2020 – Reunião com equipe de organização.
11/09/2020 – Encontro on-line.
18/09/2020 – Reunião com equipe de organização.
25/09/2020 – Encontro on-line.
02/10/2020 – Reunião com equipe de organização.
09/10/2020 – Encontro on-line.
16/10/2020 – Reunião com equipe de organização.
23/10/2020 – Encontro on-line.
30/10/2020 – Reunião com equipe de organização.
06/11/2020 – Encontro on-line.
13/11/2020 – Reunião com equipe de organização.
20/11/2020 – Encontro on-line.
27/11/2020 – Reunião com equipe de organização.
04/12/2020 – Encontro on-line.
11/12/2020 – Reunião com equipe de organização.
18/12/2020 – Encontro on-line.
30/12/2020 – Reunião com equipe de organização.
20/11/2020 à 30/12/2020 – Reuniões para organização do E-book, contatos e comunicação com a EDUFPI, tentativa de publicação e divulgação no Blog da Roda Griô: http://rodagrioufpi.blogspot.com/ .
Os formulários de avaliação serão enviados nos períodos devidamente pedidos pela PREXC/UFPI.

Objetivos Gerais:
Descobrir práticas de bem-viver criadas no dia-a-dia dos sujeitos afrodescendentes no cuidado de si e dos outros, na relação entre o cotidiano e a atual situação de convivência com o coronavírus, bem como, com as novas dificuldades somadas às já existentes estruturalmente falando. Estas práticas, que ainda iremos descobrir com o andamento do projeto, serão as próprias intervenções provocadas pelos diálogos que teceremos com essa comunidade. Não há fórmulas mágicas para detectá-las e aplicá-las. Pois, somente através de suas partilhas no grupo, nesse coletivo, é que iremos vivencia-las de acordo com o conhecimento que cada pessoa for adquirindo umas com as outras. As intervenções são, inclusive, a nossa rede de apoio coletiva como: escuta e abertura para novos hábitos dentre tantas práticas que surgirão, visto que anunciamos que o trabalho enredar-se-á com/pelas narrativas em processos de elaboração coletiva de uma “escuta sensível”, como modos de partilhas em grupo, como vivências de si na relação com a produção comunitária de conhecimentos adquiridos mutuamente, mentalmente e culturalmente.
Objetivos específicos:
Criar uma ambiência ou um espaço-tempo virtual (Goog Meet) para dialogar com sujeitos afrodescendentes mantendo uma rede de contato segura e fora de fake news.
Manter diálogo com as narrativas trazidas por esses sujeitos como redes de apoio e impulsionadora de práticas outras de bem-viver.
Visualizar novos hábitos, práticas, soluções nas narrativas trazidas pelos sujeitos afrodescendentes que nos possibilitem sentir novas práticas educativas, sociais e de bem-viver.

Inscrições Encerradas. 
Agradecemos a todas as pessoas que se inscreveram. Vamos construir junt@s essa história! 
1ª Roda: dia 14/07/2020 às 8h30.

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