sábado, 27 de julho de 2019

DIALOGANDO COM FANON


Para o "Eixo Diálogos", que ocorreu no primeiro semestre de 2019, foi escolhido o livro de Frantz Fanon, “Pele negra, máscaras brancas” (2008)[1]. Discutimos “Notas do Tradutor; Prefácio e Introdução”, com mediação do prof. Dr. Francis Musa Boakari; posteriormente tivemos o primeiro capítulo, intitulado “O negro e a linguagem”, sob a responsabilidade da Doutoranda em Educação L’Hosana Tavares; o segundo capítulo, “A mulher de cor e o branco” com mediação da professora Marcieva Moreira e também discutimos o terceiro capítulo, “O homem de cor e a branca” com apresentação de Wendel Aguiar, graduando em Licenciatura do Campo.  

Afinal, quem foi Frantz Fanon? A seguir pontuamos algumas dicas a partir da obra “Pele negra, máscara brancas”...

Fanon nasceu na ilha da Martinica, departamento francês, no Caribe, em 1925. Estudou na França, se doutorando em psiquiatria aos 26 anos, na cidade de Lyon. Além dos estudos médicos, estudou filosofia e sociologia. Lutou com bravura ao lado francês durante a II Guerra Mundial, e foi condecorado por duas vezes. Foi membro, lutando com a Resistência da Frente de Libertação Nacional – Argélia. Dirigiu o Departamento de Psiquiatria do Hospital Blida-Joinville, também, na Argélia. Batalhou para ajudar condenados pelas instituições coloniais e racistas do mundo moderno. Com leucemia, morreu em 6 de dezembro de 1961, em Maryland, Estados Unidos.

Do que trata a obra “Pele negra, máscaras brancas”?
Neste livro o autor discute os impactos do racismo e do colonialismo na psique (de colonizadores e colonizados) e mostra o quanto as alienações coloniais são incorporadas pelos colonizados, mesmo no contexto de elaboração do protesto negro” (Negro Belchior, 2015) [2].
Algumas questões problematizadoras realizadas pelos/as mediadores/as da RODA GRIÔ:

01.  Apesar de suas produções acadêmicas, Fanon “é mais conhecido como um revolucionário” (p.11) e não como intelectual. Como se explica está situação? (p. 12)
02.   Em que parte do texto a roupa aparece como marcador da identidade? De quem?
03.  Por que a "Villa de Didier" que encantava "Mayotte Capécia" na infância lhe causou tanto estranhamento? Por que agora já eram outros lados, lugares que descreviam os comportamentos e dialéticas do ser e do ter?
04.   Por que o amor é proibido às “Mayottes Capécias” de todos os países?
05.   O que a “mulher branca” representa?
06.   O que é uma Neurose para Fanon e para nós?

Pretendemos continuar com as reflexões da obra de Fanon "Pele negra, máscaras brancas" no segundo semestre de 2019. Ficou interessada/o? O livro se encontra disponível online (ver referências). Aproveite e venha fazer a Roda girar!




[1] FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Tradução: Renato da Silveira. Salvador: EDUFBA, 2008. Disponível em: https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2013/08/Frantz_Fanon_Pele_negra_mascaras_brancas.pdf
 Acesso em: 22 fev. 2019.

[2]NEGRO BELCHIOR. Você conhece Frantz Fanon? 2015. Disponível em:  https://negrobelchior.cartacapital.com.br/voce-conhece-frantz-fanon/ Acesso em: 25 jul. 2019.


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