terça-feira, 20 de outubro de 2020

PROJETO COVID-19: NARRATIVAS E CUIDADOS DAS PESSOAS AFRODESCENDENTES EM RELAÇÃO À PANDEMIA


PROJETO COVID-19: NARRATIVAS E CUIDADOS DAS PESSOAS
AFRODESCENDENTES EM RELAÇÃO À PANDEMIA
Guia de apresentação (Roda Virtual –Meet: https://meet.google.com/xgb-iadf-dik)
Mediadora: Francilene Brito da Silva Dia: 25/09/2020

1. Memória e sensibilização:
Não tenho essa discussão sobre relacionamentos toda organizada, sistematizada, etc. Várias
imagens vêm e vão, como estrelas, pequenas estrelas. Você terá de unir estas imagens, para
poder fazer algum sentido delas. O que é importante, porém, é ver nossa compreensão da
intimidade primordialmente como uma prática determinada pelo espírito ou autorizada pelo
espírito e executada por alguém que reconhece que não pode, por si própria, fazer acontecer

aquilo a que foi convidada.

(Sobonfu Somé)
 Masculino e feminino - além das concepções binárias de corpos;
 Como perceber as relações masculino e feminino em corpos?
 O sagrado é o feminino ou o corpo? Corpo como altar - tem uma
cosmopercepção e cosmovivência feminina? E a masculina?

2. Referência:
SAGRADO FEMININO E VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES E CRIANÇAS:
PODEMOS ESCOLHER OS NOSSOS ESPELHOS? – Francilene Brito da Silva.

Disponível em: https://drive.google.com/file/d/0B_Dg2TKcVQ-
Tc0JIbnk0RGo3NTA/view

3. Mais sensibilização:
Conseqüentemente, é tempo de aprendermos a nos libertar do espelho eurocêntrico onde nossa imagem é
sempre, necessariamente, distorcida. É tempo, enfim, de deixar de ser o que não somos. (QUIJANO,
2005, p. 139).
 Que imagens/espelhos acionamos para enxergar/enxergarmo-nos o/no/como
sagrado/corpo - altar?
 Uma vivência com as câmeras desligadas ao entrar, a partir da epígrafe de
Gonçalves (2017). As câmeras como metáfora do espelho.
A Esméria parou na frente dele e me chamou, disse para eu fechar os olhos e imaginar como eu era, com
o que me parecia, e depois podia abrir os olhos e o espelho me diria se o que eu tinha imaginado era
verdade ou mentira. [...] Era como a água muito limpa, coisa que, aliás, ele bem parecia. Eu era muito
diferente do que imaginava, e durante alguns dias me achei feia, como a sinhá sempre dizia que todos os
pretos eram, e evitei chegar perto da sinhazinha. [...] E assim foi até o dia em que comecei a me achar

bonita também, pensando de um modo diferente e percebendo o quanto era parecida com a minha mãe.
(GONÇALVES, 2017, p. 85-86).
 Com quais espelhos estamos nos observando e sentindo diante de uma realidade
inóspita para nós? A COVID-19 quebrou ou reproduziu espelhos da
colonialidade/modernidade?
 Quais espelhos estamos usando para nos reconectar com o nosso sagrado?
 [...] deixar de ser o que não somos [...] (p. 11).
4. Sobre o texto - escrita de si/nós:
Mundo moderno/colonial – escravização/subalternização – raiz “racial”: implicações
dos espelhos eurocêntricos que causam em nós um desvio/esquecimento das nossas
sacralidade e alimenta as violências com as quais sofremos para além de um vírus.
5. Reflexões sobre o texto, mas que também é sobre si/nós... (Relatos pessoais)
 Anibal Quijano (2005) nos lembra: já é tempo de nos libertar destes espelhos (p.
1). Como as mulheres e as crianças afrodescendentes devem sobreviver a esses
espelhos? Quais cuidados tecermos juntos – homens e mulheres e o gênero que
quisermos ser? (p.2)
 Por que muitos círculos de aprendizagem e compartilhamento sobre o “novo
sagrado feminino” não repensa os espelhos que usamos? (p. 4) – As urgências
de processos de desaprendizagem e os caminhos/espelhos decoloniais;
● Diversas jornadas do sagrado feminino on-line com grupos de mulheres para os
seus próprios autoconhecimentos (criação de redes de cuidados e autocuidados).
Cosmopercepções de um corpo pluriversal, pois é travessia, enunciação e
sacralização (p.4).
● O sagrado feminino e as religiosidades – “o sagrado ligado à religiosidade brasileira
[...]”
● O ser/sentir/perceber-se esse/nesse corpo é a conexão/comunicação com o
sagrado (p.5)
● Hoje temos que nos perguntar também, que entendemos o sagrado feminino em
nós, quem é mais e menos considerada sagrada? O que isso tem a ver com o
cuidado e as nossas histórias contra a indiferença e a inação? (p.5);
● Mapa da violência (2015). Homicídio de mulheres no Brasil, p.39 – “mulheres
mortas por ódio ou por futilidades ou banalidades” (p.7) – Dados da
dessacralização do corpo feminino e a naturalização da violência;
● Domesticidade dos homicídios de mulheres – (A casa e a rua?).
● “Local das agressões entre homicídios de homens e mulheres - Homens são
mortos mais na rua e Mulheres são mortas na rua e em casa” (p.7) – Cuidados e
autocuidados com o feminino em tempos de isolamento social;
● Uma Educação de retornos e reencontros como nos orienta Paulo Freire (2005;
2011) – a “um passado glorioso para nos lembrar quem de fato somos”. (p. 10)
● Os espelhos distorcidos podem ser trocados por espelhos que nos permitam um dia
dizer “E assim foi até o dia em que comecei a me achar bonita também, pensando
de um modo diferente e percebendo o quanto era parecida com a minha mãe”?
(p.12)

 

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